sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Distribuição do dióxido de carbono global

As concentrações de dióxido de carbono atingiram o seu máximo entre 1 e 31 de Maio de 2013 - Crédito: NASA/Earth Observatory

O mapa da figura mostra o dióxido de carbono na troposfera média, a parte da atmosfera onde ocorre a maioria dos fenómenos meteorológicos associados ao tempo meteorológico.
Os dados foram recolhidos em maio de 2013, quando os níveis de dióxido de carbono atingiram o seu valor mais alto, pelo menos em 800 mil anos .
As maiores concentrações do gás, em amarelo, estão no Hemisfério Norte, e são mais baixas no Hemisfério Sul . Em maio, a época de crescimento das plantas está a começar no Hemisfério Norte, e assim elas removem ainda pouco carbono da atmosfera.
Embora o dióxido de carbono não seja o gás de efeito de estufa mais potente, nem o mais abundante, ele é o principal responsável pela alteração das temperaturas globais. É controlado na atmosfera através do satélite Aqua, da NASA, que consegue medir as diferentes concentrações em todo o mundo, de dia e de noite, independentemente das condições atmosféricas, esteja o céu nublado ou claro.
O dióxido de carbono é um gás de efeito estufa devido à sua estrutura molecular, o que significa que ele deixa passar a luz visível do Sol através da atmosfera enquanto absorve e reenvia radiação infravermelha, aquecendo a Terra.
Os gases de efeito estufa actuam como um isolamento e são responsáveis ​​por tornarem o clima da Terra confortável. Sem eles, o nosso planeta teria uma temperatura média de -18 graus Celsius. No entanto, quando as suas quantidades aumentam, surgem os problemas.
Desde o início da Revolução Industrial, a libertação de dióxido de carbono para a atmosfera é grande, sobretudo pela queima de combustíveis fósseis. A adição de gases de efeito estufa extra para a atmosfera faz aumentar a temperatura do planeta, com impactos importantes, nomeadamente em dois dos principais recursos dos seres humanos e dos ecossistemas, a terra e a água.
Muito do que se sabe actualmente sobre as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera vem de uma estação de monitoramento, em Mauna Loa, no Havaí. Em Maio de 2013, esta estação terrestre indicou um pico na concentração de dióxido de carbono, com o valor de 399,76 partes por milhão. No início da Revolução Industrial, os níveis de dióxido de carbono na atmosfera eram cerca de 278 partes por milhão.
O aumento das concentrações de dióxido de carbono e os seus impactos - incluindo o aquecimento global, os padrões climáticos alterados, mudanças nos ecossistemas e o degelo - fazem parte do relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que será divulgado em 30 de Setembro de 2013. Uma síntese do relatório para os decisores políticos foi apresentada hoje, 27 de Setembro.
Fonte: NASA/ Earth Observatory

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