quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Alinhamento invulgar de nebulosas planetárias surpreende astrónomos

Espectacular nebulosa planetária bipolar Hubble 12, também conhecida por PN Hb 12, situada na constelação de Cassiopeia. A imagem foi captada pelo Telescópio Espacial Hubble - Crédito:NASAESA

Quando uma estrela como o Sol se encontra na fase final da sua vida lança as suas camadas exteriores para o espaço circundante, originando as chamados nebulosas planetárias que apresentam uma grande variedade de formas, muitas delas bonitas e invulgares.
Um novo estudo, usando observações do telescópio Hubble e do New Technology Telescope do ESO (NTT), descobriu que as nebulosas planetárias bipolares - com forma de borboleta cósmica - localizadas em direcção ao bojo central da Via Láctea, parecem estar alinhadas no céu, o que surpreendeu os astrónomos, pois todas estas nebulosas se formaram em locais diferentes e apresentam variadas características.
Os astrónomos observaram 130 nebulosas planetárias no bojo central da Via Láctea e identificaram os vários tipos destes objectos, estudando cuidadosamente as suas características e a sua aparência.
“Esta é verdadeiramente uma descoberta surpreendente e, se for confirmada, uma descoberta muito importante,” explica Bryan Rees da Universidade de Manchester, um dos dois autores do artigo científico que apresenta estes resultados. “Muitas destas borboletas fantasmagóricas parecem ter os seus eixos maiores alinhados ao longo do plano da nossa Galáxia. Ao usar imagens tanto do Hubble como do NTT, pudemos ver muito bem estes objectos e por isso conseguimos estudá-los com grande detalhe.”

Bonitas nebulosas planetárias bipolares fotografadas pelo Hubble. Na primeira linha, a partir da esquerda, NGC 6302, NGC 6881, NGC 5189 e, na segunda linha, M2-9, Hen 3-1475, Hubble 5 - Crédito: Hubble/NASA

Nas nebulosas planetárias bipolares, a sua forma lembra uma borboleta ou ampulheta, em torno das suas estrelas progenitoras. O material ejectado no final da vida é canalizado em direcção aos pólos da estrela envelhecida, criando uma estrutura típica com lóbulos duplos.
Fonte: ESO

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